Nesta semana participei de uma matéria super interessante para a EPTV, falando mais sobre Endometriose!
Ressalto que um dos problemas é o diagnóstico tardio. Isso porque a doença pode atingir mais órgãos e, em alguns casos, causar complicações como a infertilidade!
Vale a leitura.
As internações por endometriose, doença que acomete mulheres e pode causar complicações em vários órgãos, cresceram 38% entre janeiro e agosto deste ano na comparação com o mesmo período de 2021 na região de Campinas.
Segundo o estado, entre janeiro a agosto deste ano foram 654 atendimentos, que incluem consultas ambulatoriais e internações. No mesmo intervalo de 2021, foram 637 atendimentos.
A ginecologista Mônica de Oliveira Jorge explica que é preciso que as mulheres fiquem atentas à intensidade das cólicas menstruais.
“Aquela paciente que se abstém do trabalho todo mês, ou praticamente mês sim, mês não para tomar medicação na veia, não é considerada uma cólica de intensidade normal”, exemplifica.
Mônica de Oliveira Jorge ressalta que um dos problemas é o diagnóstico tardio. Isso porque a doença pode atingir mais órgãos e, em alguns casos, causar complicações como a infertilidade. Ainda que possa evoluir com gravidade, a doença tem cura.
“Tem que ser investigada a endometriose ou algum cisto ovariano”, afirma a ginecologista.
“Tem cura, mas a mulher depois vai ter que ficar a vida toda sem menstruar. Após indicação de uma terapêutica, seja a pílula contínua ou um tratamento cirúrgico, ou até ir para tratamento de fertilização in vitro, se ela quer engravidar”.
O diagnóstico pode não ser simples, porque nem todos os exames de ultrassom conseguem identificar a anormalidade. A ginecologista exemplifica quais procedimentos mais detalhados podem ser usados para verificar a presença da endometriose.
“Ultrassons transvaginais com preparo intestinal ou ressonância magnética da pelve. Enquanto está indo nesse processo já é importante nós inibirmos que essa paciente menstrue. Como nós falamos, cada ‘foquinho’ vai sangrar durante o fluxo menstrual e ela não menstruando vai ter alívio da dor”.
Genética e fatores de risco
Estresse e tabagismo são fatores que podem aumentar a chance da mulher desenvolver a doença. A endometriose também tem influência genética e é mais comum em pacientes com baixa imunidade.
Depois de enfrentar o primeiro ciclo da doença, Ana Cibele Peres Moreira teve dois filhos e voltou a conviver com a doença, dessa vez ainda mais grave. Fez nova cirurgia e, mesmo nova, teve que entrar na menopausa.
“Não é nada fácil, tem que fazer reposição hormonal, o corpo envelhece mais rápido, tem que fazer reposição de cálcio até hoje, de vitamina D, mas pelo menos das dores eu fiquei livre”, pondera.
Confira a matéria na integra: