É Possível Escolher o Sexo do Bebê? Entenda as Regras e Limitações no Brasil
Muitos casais se perguntam se é possível escolher o sexo do bebê durante tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV). Embora a ciência permita a identificação do sexo do embrião, a legislação brasileira impõe restrições rigorosas sobre essa prática.
Como Funciona a Identificação do Sexo do Bebê?
A identificação do sexo do embrião é feita por meio da biópsia embrionária. Durante esse procedimento, uma célula do embrião, chamada blastômero, é retirada e analisada por técnicas como o PGT (Teste Genético Pré-implantacional). Além de identificar o sexo, esse exame também avalia a presença de doenças genéticas.
O Que Diz a Legislação Brasileira?
Desde maio de 2021, com a Resolução nº 2.294/21 do Conselho Federal de Medicina (CFM), é proibido informar o sexo dos embriões aos casais de forma rotineira. A lei brasileira só permite a escolha do sexo do bebê em casos específicos, como quando há risco de transmissão de doenças genéticas ligadas ao cromossomo X.
Doenças Ligadas ao Cromossomo X
Algumas doenças estão associadas ao cromossomo X e podem ser transmitidas de mãe para filho, como:
Daltonismo: Dificuldade em distinguir as cores verde e vermelha.
Hemofilia: Problemas na coagulação do sangue, levando a sangramentos excessivos.
Distrofia Muscular de Duchenne: Paralisia progressiva que pode resultar em dificuldades respiratórias.
Síndrome do X Frágil: Condição genética que causa retardo mental e hiperatividade.
Se um casal possui histórico dessas doenças na família, pode ser permitido conhecer o sexo do embrião antes da transferência para o útero, evitando a implantação de um embrião masculino afetado.
Conclusão: A Sexagem é Permitida no Brasil?
A escolha do sexo do bebê, conhecida como sexagem, é proibida no Brasil para fins de seleção de gênero. No entanto, em casos onde há risco de doenças ligadas ao cromossomo X, o CFM permite essa escolha para fins médicos.